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publicado 15 de nov. de 2025 · Por J. Bo.

Dia Mundial do Diabetes: Prevalência Alarma no Brasil e Especialistas Sugerem Mudanças Urgentes

Dia Mundial do Diabetes destaca aumento da doença no Brasil, impactando 16 milhões de adultos.

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Dia Mundial do Diabetes: Alerta para o Crescimento da Doença no Brasil

Em 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes acende um sinal de alerta sobre o avanço preocupante da doença no Brasil e no mundo. Conforme o Atlas Global da Federação Internacional de Diabetes (IDF), publicado no início do ano, existem atualmente 589 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos vivendo com diabetes globalmente. No Brasil, mais de 16 milhões de adultos estão diagnosticados com a doença, colocando o país em sexto lugar no ranking mundial, atrás de países como China, Índia e Estados Unidos, que possuem populações mais densas.

Este dado representa um aumento significativo de quase 6% em comparação com o atlas de 2021, que registrava pouco mais de 15 milhões de casos. Especialistas acreditam que o número real pode ser ainda maior devido ao subdiagnóstico. A endocrinologista Luiza Esteves do Hospital São Marcelino Champagnat destaca a silenciosa progressão da doença: “Cerca de uma em cada três pessoas com diabetes ainda desconhece sua condição, pois a doença geralmente só manifesta sintomas em fases mais avançadas”.

Impactos Globais e Nacionais

A IDF também aponta que em 2024, o diabetes foi responsável por 3,4 milhões de mortes globalmente, representando um falecimento a cada seis segundos. No Brasil, a doença levou a 111 mil óbitos no mesmo ano, resultando em uma média de 304 mortes diárias. Além das perdas humanas, os custos financeiros são exorbitantes, com o Brasil dirigindo mais de 45 bilhões de dólares para lidar com o diabetes, sendo o terceiro maior gasto mundial.

Prevalência entre Idosos e Jovens

Os dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2023 mostram que a prevalência do diabetes na população brasileira é de 10,2%. Entre pessoas de 55 a 64 anos, esse número sobe para 22,4%, e em idosos acima de 65 anos, chega a alarmantes 30,4%. Este aumento está diretamente relacionado ao envelhecimento populacional, aumento da obesidade e hábitos alimentares pouco saudáveis.

Há também uma tendência preocupante de crescimento da doença entre crianças e adolescentes, fato que a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) vem acompanhando de perto. Este aumento está associado ao crescimento da obesidade infantil, levando ao surgimento cada vez mais precoce do diabetes tipo 2, antes dominante em adultos.

Sintomas e Complicações

O diabetes, chamado de "doença silenciosa", pode permanecer sem sintomas por anos. Quando os sinais aparecem, geralmente incluem aumento da frequência urinária, perda de peso, fome e sede excessivas, além de cansaço constante. Se não controlada, a doença pode levar a complicações graves como doenças cardiovasculares, infarto, AVC, insuficiência renal e problemas de visão.

Tratamentos Disponíveis

O tratamento do diabetes varia conforme o tipo. O diabetes tipo 2 pode ser controlado com medicamentos orais e mudanças no estilo de vida. “Antidiabéticos orais e, em casos específicos, medicamentos injetáveis como análogos de GLP-1 ou insulina são usados no tratamento do diabetes tipo 2”, explica a endocrinologista. Para o diabetes tipo 1, mais comum em jovens, o uso diário de insulina é essencial. “Além disso, é crucial adotar um estilo de vida saudável e monitorar regularmente a glicemia”, destaca a médica.

Prevenção e Melhoria na Qualidade de Vida

Promover hábitos saudáveis continua sendo a melhor estratégia para combater o diabetes. “Manter uma alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes e grãos integrais e evitar ultraprocessados e açúcares é crucial. Praticar atividades físicas regularmente, manter um peso saudável e ter um sono de qualidade são igualmente importantes”, aconselha a endocrinologista.

Mesmo diante do diagnóstico, o diabetes pode ser gerenciado eficazmente. “Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, os indivíduos podem viver bem, evitando complicações severas. Conscientização, educação em saúde e acesso a cuidados são vitais nesse processo”, conclui.

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