publicado 31 de ago. de 2025 · Por J. Bo.
Parceria Inovadora do Ministério da Saúde Combate Tracoma em Comunidades Indígenas: Novo Marco na Saúde Ocular no Brasil
O Ministério da Saúde busca parceria para padronizar intervenções no controle do tracoma ocular no Brasil.
Parceria entre Ministério da Saúde e Sociedades de Oftalmologia para Combate ao Tracoma
Brasília, Brasil – O Ministério da Saúde anunciou esforços conjuntos com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular visando padronizar as intervenções cirúrgicas para o controle e tratamento do tracoma, uma doença oftalmológica inflamatória. O foco principal está na normatização de procedimentos cirúrgicos voltados para a triquíase tracomatosa, condição severa resultante do tracoma.
Em uma entrevista à Agência Brasil, Maria de Fátima Costa Lopes, consultora técnica do Ministério, destacou que a parceria prevê o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas abrangendo fases de pré e pós-operatório, junto com a avaliação e encaminhamento de pacientes. Além disso, a capacitação de oftalmologistas em áreas remotas e de difícil acesso é uma prioridade estratégica.
De acordo com Maria de Fátima, a prevalência de casos de triquíase tracomatosa em aldeias indígenas brasileiras é uma preocupação significativa. O governo federal está empenhado em unir forças com o CBO e especialistas em cirurgia plástica ocular para mitigar a doença, com o objetivo de eventualmente buscar o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto à eliminação do tracoma como um problema de saúde pública.
Colaboração Técnica e Mapeamento de Dados
O Filipe Pereira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular, expressou apoio à parceria, ressaltando a falta de dados precisos sobre o tracoma no Brasil. Ele sugeriu que um dos primeiros passos seria o mapeamento dos médicos, especialmente os credenciados pelo Sistema Único de Saúde, para otimizar os atendimentos e cirurgias corretivas dos casos diagnosticados.
“Precisamos reiniciar todo o mapeamento e estruturação da doença no país para tratá-la adequadamente e lidar com suas sequelas”, comentou Filipe Pereira, referindo-se à necessidade de dados epidemiológicos robustos e atualizados.
Desafios e Estratégias Futuras
A presidente do CBO, Vilma Lelis, realçou a importância de criar uma rede de referenciamento de oftalmologistas para combater efetivamente o tracoma e suas complicações. Ela chamou a atenção para as particularidades do acesso aos pacientes, predominantemente residentes em comunidades indígenas, e as dificuldades enfrentadas para garantir o tratamento adequado.
“Estamos discutindo formas de tornar esse processo mais eficiente e garantir que os pacientes possam ser tratados por nossos especialistas”, afirmou Lelis, ressaltando a complexidade do diagnóstico e tratamento em locais remotos.
A partir da implementação dessas avaliações e a obtenção de dados concretos, espera-se um melhor entendimento da prevalência e impacto do tracoma no Brasil, segundo o CBO.
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